

Esposa do chefe de governo da Espanha é convocada por juiz em novo caso
A esposa do presidente do governo espanhol foi convocada por um juiz no âmbito de uma investigação por desvio de fundos, declarou um porta-voz de um tribunal de Madri nesta terça-feira (19), em um novo episódio dos casos envolvendo pessoas do entorno de Pedro Sánchez.
Begoña Gómez foi convocada ao tribunal para ser interrogada em 11 de setembro por um suposto caso de desvio de fundos públicos, afirmou o porta-voz à AFP, sem dar detalhes.
De acordo com a imprensa espanhola, o juiz busca saber se uma funcionária da equipe do chefe de governo trabalhou para Gómez, então a cargo de um curso de mestrado na Universidade Complutense de Madri.
Este trabalho poderia ser considerado um uso indevido de recursos públicos — o tempo e o salário da funcionária — para fins particulares da esposa de Sánchez.
Desde abril de 2024, Begoña Gómez também é acusada de corrupção e tráfico de influência.
A investigada, que dirigia um mestrado em gestão na universidade até o início das aulas de 2024, é considerada suspeita pelo juiz de ter utilizado as funções de seu marido em benefício próprio para obter financiamentos para seu programa de pós-graduação, especialmente diante do empresário Juan Carlos Barrabés.
A investigação provocou uma forte disputa entre a Procuradoria e o juiz responsável pelo caso, a esquerda e o presidente do governo, que citou uma campanha de difamação orquestrada pela extrema direita e pela oposição de direita.
O inquérito foi aberto após queixas de dois grupos relacionados com a extrema direita.
Begoña Gómez já havia se apresentado ao tribunal em julho de 2024 e exerceu seu direito de permanecer em silêncio.
Esta investigação é um dos muitos casos de corrupção envolvendo pessoas próximas a Sánchez, e que levou a oposição a pedir sua renúncia com frequência.
Entre alguns dos investigados estão o ex-colaborador próximo de Sánches Santos Cerdán, o ex-ministro e colaborador José Luis Ábalos, seu conselheiro Koldo García e o irmão mais novo do presidente do governo espanhol, David Sánchez.
F.Vicente--GM